O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta terça-feira (19/9), na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que a Agenda 2030, voltada para o desenvolvimento, pode fracassar.
“A mais ampla e mais ambiciosa ação coletiva da ONU voltada para o desenvolvimento, a Agenda 2030, pode se transformar no seu maior fracasso. Estamos na metade do período de implementação e ainda distantes das metas definidas. A maior parte dos objetivos de desenvolvimento sustentável caminha em ritmo lento. O imperativo moral e político de erradicar a pobreza e acabar com a fome parece estar anestesiado”, criticou.
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Lula sugeriu que a redução das desigualdades seja a prioridade nos sete anos que restam para o cumprimento do tratado, que conta com 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, e assegurou que o Brasil está comprometido a implementar todos, “de maneira integrada e indivisível". “Queremos alcançar a igualdade racial na sociedade brasileira por meio de um décimo oitavo objetivo que adotaremos voluntariamente”, destacou.
"Correção de rumos"
O petista disse ainda que agir contra as mudanças do clima implica "pensar no amanhã e enfrentar desigualdades históricas". Os países ricos cresceram baseados em um modelo com altas taxas de emissões de gases danosos ao clima. A emergência climática torna urgente uma correção de rumos e a implementação do que já foi acordado.”
Ele emendou: “Não é por outra razão que falamos em responsabilidades comuns, mas diferenciadas. São as populações vulneráveis do Sul Global as mais afetadas pelas perdas e danos causados pela mudança do clima.”
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