A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro deve ouvir Wellington Macedo de Souza na próxima quinta-feira (21/9). O blogueiro foi preso na última semana, no Paraguai, por tentar explodir uma bomba no Aeroporto de Brasília, em dezembro do ano passado.
O presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União-BA), ironizou que a oitiva aconteceria “se não houver nenhuma liminar que impede e conceda também ao senhor Wellington o direito de não comparecer à CPMI, apesar de ele ser um terrorista que tentou colocar uma bomba no Aeroporto de Brasília”.
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O assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Osmar Crivelatti, era esperado na CPMI hoje, mas uma decisão do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), desobrigou o militar a comparecer.
“Como está na Constituição, nós temos o direito de fazer essas investigações, convocar as pessoas para virem aqui para dar os seus depoimentos que julgamos importantes. Se não pode ter CPMI, se a regra constitucional foi mudada, então acaba a CPI. Tudo bem, também é um caminho a ser seguido. Agora, o que não é razoável é nós estarmos aqui fazendo esse papel”, afirmou Maia.
“Obstacularização”
O presidente da CPMI promete devolver ao Supremo o que ele disse ser “obstacularização”. “Vou conversar com o presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), porque a ADPF (Arguição de descumprimento de preceito fundamental) só pode ser suscitada pela Mesa da Câmara, ou do Senado, ou pelo presidente da República. A CPI em si não pode entrar com a ADPF”.
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