O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), declarou neste domingo (17/9) que seu partido, o PP, e o Republicanos são da base do governo Lula no Congresso Nacional, após a reforma ministerial promovida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para acomodar o Centrão.
Lira revelou ainda que a Caixa Econômica Federal está incluída nas negociações com o governo, e que as 12 indicações para os cargos de vice-presidência do banco passarão por ele. Mesmo assim, o presidente da Câmara acredita que não é possível garantir que todos os parlamentares das legendas vão votar a favor do governo.
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"Há uma aproximação de partidos de centro que não faziam parte da base do governo para essa adesão. É claro que, quando um partido indica um ministro que era líder de um partido na Câmara, a tendência natural é que esse partido passe a ser base de apoio ao governo na Câmara dos Deputados, como Republicanos, como outros partidos", disse Lira em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada hoje. O parlamentar referiu-se a André Fufuca, agora ministro dos Esportes, que era líder do PP na Câmara.
Apesar de Lira dizer que o PP aderiu à base do governo, o presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PP-PI), nega o posicionamento. "Estamos tratando de base de apoio. Não estamos tratando de outros tipos de projetos, por enquanto. Não quer dizer que não possa avançar. Mas, por enquanto, nós estamos falando de apoio político no Congresso", acrescentou Lira.
Ele estima que, com a adesão do Centrão, a base governista fique entre 340 e 350 deputados, o suficiente para a aprovação de Propostas de Emenda à Constituição (PECs). Isso inclui, na avaliação do presidente da Câmara, parte do PL também.
Acordo a ser cumprido
Arthur Lira também deixou claro que o governo ainda precisa cumprir parte do acordo para consolidar a base. Ele comandará indicações políticas à Caixa, com a intenção de contemplar não só o PP, seu partido, mas também outras legendas aliadas.
"Ali as coisas têm que ser tratadas com muita transparência, e vão ser tratadas com muita clareza. E vão ter, claro, indicações políticas que não serão criminalizadas por isso. A turma terá responsabilidade. A exoneração é o primeiro convite para quem não andar corretamente", enfatizou.
Além disso, o Republicanos ficará com os cargos da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), recriada por decisão do Congresso Nacional.
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