João Guilherme Silva e Luciana Cardoso, filho e esposa do apresentador Fausto Silva, estiveram na Câmara dos Deputados, na tarde desta terça-feira (12/9), para conversar com parlamentares e pedir uma alteração na legislação brasileira em relação a doação de órgãos.
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De acordo com a atual legislação brasileira, mesmo que uma pessoa decida realizar a doação de órgão após a morte, a palavra final é da família, não sendo possível garantir a vontade inicial de quem se coloca como doador.
No entanto, um projeto aprovado no Senado em 2017 prevê que os familiares de uma pessoa com morte cerebral que tenha manifestado em vida a vontade de ser doadora, não pode se opor à decisão inicial do doador. A proposta segue em tramitação na Câmara e ainda não foi colocada para entrar na pauta de votações no Plenário.
“Viemos aqui pedir, de uma maneira política, a análise do projeto da doação presumida. Acho que os deputados e senadores vão ter a oportunidade de fazer história no país. Ninguém merece ficar na fila”, afirmou Luciana.
A doação presumida assume que todo cidadão é um doador de órgãos em potencial. A pessoa que não deseja doar após a morte teria de deixar a informação registrada em algum documento oficial. Atualmente, o Brasil adota o modelo da doação consentida, e nesse caso, a família do paciente — ou a própria pessoa, em casos de doadores vivos — deve autorizar a retirada do órgão para um possível transplante.
A família de Faustão conversou com parlamentares favoráveis ao projeto. “Estamos em Brasília, na Câmara dos Deputados, apoiando o projeto de lei 1774/2023 dos deputados federais Marangoni (UNIÃO/SP) e Maurício Carvalho (UNIÃO/RO) que trata da doação presumida de órgãos”, escreveu João Guilherme Silva no Instagram ao compartilhar um registro da reunião.
No dia 27 de agosto, o apresentador Faustão, de 73 anos, passou por uma cirurgia de transplante de coração. Ele ficou internado por mais de um mês no Hospital Albert Einstein após apresentar um grave quadro de insuficiência cardíaca. Faustão entrou na prioridade da fila por espera de órgãos, em razão da gravidade de seu caso.
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