O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, Arthur Maia (União-BA), defendeu a convocação de um representante da Força Nacional para prestar esclarecimentos sobre possíveis ações e omissões da corporação que tenham contribuído para os atos de vandalismo na sede dos Três Poderes. Para o deputado, é preciso “um acordo para se convocar” o órgão.
“Realmente não faz sentido, a essa altura do campeonato, já tendo estado aqui [na CPMI] representantes da Polícia Militar, da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), do Exército brasileiro, das outras forças que estavam envolvidas no 8 de janeiro, que até agora não haja um acordo para se convocar um representante da Força Nacional. Não é razoável”, declarou Maia. “A Força Nacional precisa também estar aqui na CPMI esclarecendo o que aconteceu”, completou.
De acordo com o presidente do colegiado, o depoimento de alguém da Força Nacional é “fundamental nessa reta final” da comissão.
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A ideia de Maia é que os trabalhos da CPMI sejam concluídos até 17 de outubro, data na qual a relatora Eliziane Gama (PSD-MA) faria a leitura do relatório.
“Eu penso que é fundamental que, nessa reta final, a Força Nacional possa ser ouvida para explicar esse fracasso generalizado, porque não há dúvida de que o que houve foi uma falha total e geral de todo mundo que estava responsável pela segurança”, disse Maia. Entretanto, para que o órgão de segurança seja convocado, o deputado afirmou que precisa existir um acordo entre os integrantes do colegiado que formam a base do governo e aqueles que são de oposição. Caso contrário, não haverá uma nova sessão deliberativa para aprovação de requerimentos.
“Só farei uma nova sessão deliberativa se houver acordo. Se não houver acordo, vamos aproveitar o que já está aprovado”, garantiu Maia.
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