Com votos de duas deputadas do PT, o Conselho de Ética aprovou o arquivamento da acusação de quebra de decoro parlamentar contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), na tarde desta terça-feira (12/9). As deputadas Jack Rocha (PT-ES) e Ana Paula Lima (PT-SC) se posicionaram a favor do filho de Bolsonaro.
Por 12 votos a 1, a acusação contra Eduardo, que avançou contra um parlamentar do PT e o ofendeu com vários palavrões, não prosperou no colegiado. O parecer do relator, Josenildo Abrantes (PDT-AP), foi pelo arquivamento. Ele mudou de posição. A primeira versão de seu voto era pela continuidade da representação, entendida por ele como "grave". Diante do "acordão" feito entre setores da direita e da esquerda, ele alterou o parecer.
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Na votação, a petista Jack Rocha admitiu fazer um "gesto político" para que os casos contra deputadas esquerda ainda pendentes — como Erika Kokay (PT-DF), Sâmia Bonfim (PSol-SP), Fernanda Melchionna (PSol-RS) e Celia Xakriabá (PSol-MG) — também sejam arquivados.
O único parlamentar a votar contra Edaurdo Bolsonaro foi Chico Alencar (PSol-RJ), que defendeu ao menos uma advertência diante dos xingamentos desferidos por ela contra o deputado Marcon (PT-RS).
Por outro lado, a deputada Talíria Petrone (PSol-RJ) teve sua segunda acusação arquivada no conselho, mas por 9 a 5. Nesse caso, a parlamentar foi alvo de ação por ter se referido aos colegas que votaram a favor do marco temporal indígena como "assassinos".
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