Um dos irmãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Frei Chico, em entrevista ao Correio, comentou a decisão do ministro Dias Toffoli, que determinou que as provas oriundas do acordo de leniência da Odebrecht são "imprestáveis". O ministro do STF afirmou ainda que a prisão de Lula "até poder-se-ia chamar de um dos maiores erros judiciários da história de todo o país".
Frei Chico declarou imaginar que esse tipo de conclusão sobre a prisão do irmão e também à respeito do processo que o petista sofreu iria aparecer. "Uma hora ou outra isso ia acontecer. Eu falava isso desde a época do mensalão. Criaram toda essa história lá atrás. Sabia que ia dar nisso", disse Frei Chico.
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O irmão de Lula o visitou na prisão, nas dependências da Policia Federal, em Curitiba (PR), quase toda semana durante os mais de 500 dias que ele ficou detido. Essas visitas se davam às quintas-feiras.
Frei Chico afirmou que a "avalanche" em cima de Lula segue até hoje e que nem tem ideia como ele ainda conseguiu se eleger pela terceira vez.
"Nem sei como ele venceu ainda a eleição do ano passado. Ele foi alvo deu alvo de uma perseguição inédita, de uma avalanche judicial. Na campanha, em cultos e em consultórios, pastores e médicos o chamavam de ladrão, apesar da prova de que o juiz foi parcial e que atuou a favor de um projeto de poder, do qual foi ministro", disse Frei Chico, se referindo a Sergio Moro e o governo de Jair Bolsonaro.
"Mas o que acontece é que o Lula nunca desistiu, nunca aceitou barganhar, como ele disse naquela carta manuscrita quando estava preso. Ele ia aguentar a barra até morrer. Nunca deveu nada. Não cometeu crime algum", afirmou.
Para o irmão do presidente, há um projeto em curso não só para impedir de que politico como Lula chegue ao poder, mas "um projeto para destruir toda a esquerda".
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