O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) recebeu, na manhã desta segunda-feira (4/9), os vídeos feitos em câmeras de segurança que registram a agressão ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, durante viagem a Roma, na Itália. O evento ocorreu no último dia 14 de julho e somente decorridos mais de um mês, o governo brasileiro conseguiu o acesso às imagens.
O órgão responsável pela obtenção dos vídeos e imagens que denunciam o acontecimento foi a Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), que integra o MJSP. A assessoria informou que os registros foram obtidos através de pedidos de cooperação jurídica internacional e mostram imagens do circuito de segurança do aeroporto Fiumicino.
Também foi informado que os arquivos enviados pela Polícia Italiana ao governo brasileiro serão repassados ainda na tarde desta segunda-feira à Polícia Federal (PF), no Brasil.
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Suspeitos
A investigação do caso ocorrido há mais de um mês e meio considera a atuação de três suspeitos: o empresário Roberto Mantovani Filho, sua esposa, Andreia Munarão, e o genro do casal, o corretor de imóveis Alexandre Zanatta. Ainda em julho, os três acusados contaram histórias diferentes à PF sobre a suposta agressão.
Segundo o próprio ministro Alexandre de Moraes, que estava junto com sua família no aeroporto, a confusão se iniciou quando Andreia Munarão se aproximou dele e o chamou de “bandido, comunista e comprado”.
Logo em seguida, Mantovani teria gritado e dado um tapa nos óculos do filho do ministro, que também se chama Alexandre. A discussão continuou e os agressores teriam seguido a família até a sala VIP do aeroporto. Como resposta aos supostos agressores, Moraes disse à época que tiraria fotos de todos eles e representaria à PF. Os acusados negam as alegações do ministros e dizem que a confusão teve início após verem o magistrado entrando na sala vip do terminal.
*Estagiário sob a supervisão de Renato Souza
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