CÂMARA DOS DEPUTADOS

Lira defende "sarrafo alto" para zerar deficit do governo em 2024

Presidente da Câmara afirmou, nesta sexta-feira (1º/9), que Congresso "quer colaborar e está muito atento com qualquer medida predatória, arrecadatória que não seja compatível com o melhor rumo da economia para o país"

O presidente da Câmara garantiu que, embora o governo possa conquistar mais apoio no Congresso, reformas aprovadas nos últimos anos não devem retroceder.
O presidente da Câmara garantiu que, embora o governo possa conquistar mais apoio no Congresso, reformas aprovadas nos últimos anos não devem retroceder. "Determinados temas não têm adesão no plenário das Casa", comentou Arthur Lira (PP-AL) - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
Ândrea Malcher
postado em 01/09/2023 17:06 / atualizado em 01/09/2023 17:08

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu, nesta sexta-feira (1º/9), ser importante que o governo mantenha o “sarrafo alto” para a meta de zerar o deficit no próximo ano. Embora reconheça que o não cumprimento “assusta”, o deputado afirmou que é preciso empenho diário para alcançar.

"Com relação à meta para o ano que vem, é importante que o governo mantenha um sarrafo alto. É importante que todos nós tenhamos isso como meta para atingir", observou durante o evento Expert XP 2023, em São Paulo.

Na quinta-feira (31/8), o governo enviou ao Congresso o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que precisa ser aprovado até dezembro. O texto estabelece que as receitas sejam equiparadas às despesas, logo, um resultado primário do Produto Interno Bruto (PIB) que seja equivalente a 0,0%. O PLOA cumpre o previsto pelo arcabouço fiscal de zerar o deficit fiscal de 2024 em relação ao PIB. Para que o resultado seja alcançado, o governo precisa arrecadar R$ 168,52 bilhões em novas receitas.

“O Congresso vem dando demonstrações inequívocas de que quer colaborar e está muito atento com qualquer medida predatória, arrecadatória que não seja compatível com o melhor rumo da economia para o país”, disse Lira que descartou que um aumento de imposto seja aprovado.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem planejando uma reforma ministerial para conseguir maior apoio no Congresso junto aos partidos do centrão, do qual o PP de Lira faz parte. Lira apontou que Lula não tem base no Legislativo e mesmo que conquiste isso, determinadas reformas aprovadas nos últimos anos, como a da Previdência, a autonomia do Banco Central e a privatização da Eletrobras não medidas que deverão ser alteradas. “Determinados temas não têm adesão no plenário das Casa”.

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