Washington - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), aproveitou a sua palestra no Lide Brazil Development Forum para fazer um alerta: "Há uma grande apreensão nos Estados Unidos sobre o comportamento do Brasil. O desenvolvimento das relações se dá sob a liderança do presidente da República, mas não só”, disse Pacheco, referindo-se ao encontro que teve na quinta-feira, com brasilianistas do Instituto Wilson Center. Pacheco comentou ainda que o Poder Executivo não pode decidir sozinho as questões nacionais. E, de quebra, ressaltou a necessidade de equilíbrio entre preservação e desenvolvimento. “Defesa do meio ambiente não pode ser intransigente. E possível conciliar. Não podemos permitir o radicalismo do explorador voraz e irresponsável nem o ambientalismo intransigente”, afirmou, num discurso marcado pela defesa do equilíbrio político e econômico. “E isso não será feito só pelo Executivo”, lembrou.
Pacheco lembrou que o Brasil não pode abrir mão de suas riquezas e disse que o Senado estará atento aos projetos. Citou, por exemplo, o marco legal do saneamento, “Nós atuamos para fazer prevalecer o marco legal do saneamento, quanto houve a tentativa de mitigá-lo”, disse o presidente do Senado, ao lembrar que o Congresso estará presente na análise das propostas na área ambiental, tratamento de resíduos sólidos, crédito de carbono, e fará isso com os olhos voltados para o equilíbrio.
Ele participou do primeiro painel do dia, ao lado do professor Luiz Fernando Furlan, do grupo Lide, do senador Alessandro Vieira, o ex-senador Romero Jucá, e do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). Ao final da sua fala, se mostrou otimista: “Os números são reveladores, o crescimento do PIB do segundo trimestre foi acima das expectativas, “uma boa surpresa”, como lembrou o presidente do Banco Central na conversa conosco. Temos que acreditar no Brasil. Sempre com diálogo, inteligência e humildade de saber ouvir. Isso graças a Deus, eu tenho”, disse.
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