ATOS GOLPISTAS

Presidente da CPMI diz que houve 'incompetência generalizada' no 8/1

O deputado Arthur Maia (União-BA) defendeu, nesta quinta-feira (31/8), que todas as forças envolvidas na segurança da capital no dia dos ataques golpistas aos Três Poderes sejam ouvidas

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), avaliou, nesta quinta-feira (31/8), que os ataques aos prédios dos Três Poderes foram produto de “incompetência generalizada”.

“Não foi uma força ou outra que falhou, todo mundo falhou. É um absurdo que nós, brasileiros que pagamos impostos, tenhamos visto uma cena em que coração do comando do nosso país, que é a sede da Presidência da República, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal, as três instituições que governam esse país, as três mais altas desse país tenham sido acessadas violentamente com uma passividade inacreditável”, comentou o parlamentar.

O presidente do colegiado quer que a CPMI possa apresentar ao governo “um método, uma estrutura de segurança pública que respeite os impostos do povo brasileiro, que respeite os salários que os salários que esses policiais recebem, que os comandantes recebem”.

“Quanto mais a gente ouve depoimentos, vê que é uma incompetência generalizada. Independentemente de motivação política ou não. As pessoas que entraram no Planalto naquele dia, como o próprio presidente Lula também reconhece, as pessoas entraram como se estivessem passeando em uma rua aberta, depredaram tudo sem que houvesse nenhuma resistência”, observou.

Segundo Arthur Maia, “não adianta ficar nessa conversa política” para encontrar quem seriam os culpados pelos ataques de 8 de janeiro. “Querem dizer o que? Que a Polícia Militar estava completamente certa e o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) completamente errado? Não é verdade”.

“(A CPMI) Tem que ver se houve incompetência mesmo ou se houve o dolo.(...) Acho que a CPMI tem a obrigação de ir individualizando a responsabilidade de cada um e onde houve dolo, onde houve culpa”, opinou o presidente da comissão.

Arthur Maia defendeu que a Força Nacional fosse ouvida pelo colegiado. “Tem sim que haver oitiva de todas as forças que estavam envolvidas nesse fatídico 8 de janeiro”.