O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) Marco Edson Gonçalves Dias — general G. Dias, como é cpnhecido — afirmou que faria diferente no combate aos ataques das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro. Em depoimento, nesta quinta-feira (31/8) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as ações e omissões ocorridas na data, o general disse que “seria mais duro” na repressão.
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“Tendo conhecimento agora da sequencia dos fatos que nos levaram até aquelas agressões de vândalos e também da ineficiência dos agentes que atuavam na execução do plano escudo, aprovado com a coordenação de vários órgãos civis, militares e segurança pública, seria mais duro na repressão, faria diferente”, reconheceu G. Dias. Apesar dessa autoavaliação, o ex-ministro disse que tem “plena certeza de que empreendeu todos os esforços e ações que estavam ao meu alcance para mitigar danos e preservar vidas de brasileiros, sem derramamento de uma gota de sangue, sem nenhuma morte”.
No discurso inicial, antes de responder a perguntas dos membros da CPMI, G. Dias assumiu que era de sua responsabilidade proteger o Palácio do Planalto e que, em 8 de janeiro, exerceu “efetivamente ação de comando na defesa e preservação do palácio presidencial”. O general tinha direito a 15 minutos de fala no primeiro momento do depoimento, mas fez uso da palavra por mais de 20 minutos.
G. Dias foi convocado após os parlamentares que compõem o colegiado submeterem mais de 100 requerimentos. O depoimento do ex-ministro é um dos mais aguardados pela oposição na CPMI, entre eles os senadores Sergio Moro (União-PR) e Magno Malta (PL-ES), que submeteram pedidos de convocação. O general fala, nesta manhã, na condição de testemunha, em oitiva que deveria ter começado às 9h, mas, devido a um atraso do depoente, só iniciou após as 10h.