O ex-senador e ex-governador Francisco Dornelles morreu, ontem, aos 88 anos. Ele estava internado desde o final de maio no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Era um homem que trazia a política no DNA: por parte de pai, foi primo em segundo grau do ex-presidente Getúlio Vargas; pelo lado da mãe, sobrinho dos também ex-presidentes Tancredo Neves e Humberto Castelo Branco, além de primo em segundo grau do deputado Aécio Neves (PSDB-MG).
Dornelles assumiu a Secretaria da Receita Federal no governo João Figueiredo e foi ministro da Indústria, Comércio e Turismo no primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso — também esteve no segundo e assumiu o Ministério do Trabalho e do Emprego. Foi, ainda, constituinte e deputado federal pelo Rio de Janeiro — apesar de ser mineiro de Belo Horizonte.
O ex-presidente José Sarney, que convocou Dornelles para o Ministério da Fazenda, homenageou o amigo. "É um momento de tristeza para a política brasileira, mas há para mim um sentimento pessoal que o torna mais profundo. Nossa amizade datava de meados do século passado e se reforçara com a campanha de 1984, quando nos empenhamos para eleger seu tio e meu companheiro Tancredo Neves. Com trânsito em todas as áreas, sua participação nas adversidades dos primeiros dias da transição democrática foi decisiva", lembrou.
O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), considera que Dornelles "deixa um precioso legado marcado pela capacidade de diálogo e luta pela democracia". Já o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PSD), relatou que teve "a honra de receber seu apoio em várias eleições".
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), definiu Dornelles como "referência política nacional" e "um exemplo de homem que fazia a política maior". Da mesma forma, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), se referiu a ele como "meu grande líder".
O PP, partido do qual foi presidente de honra, classificou Dornelles como um "grande homem público, defensor da democracia e do diálogo". O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, destacou que "o Brasil perdeu um dos seus melhores homens públicos".
Eduardo Barbosa, deputado federal, 64 anos
O ex-deputado federal Eduardo Barbosa morreu, ontem, aos 64 anos, em Brasília. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês para uma cirurgia cardíaca. Natural de Pará de Minas, era médico pediatra formado pela UFMG e pós-graduado em saúde pública. Se elegeu deputado federal pelo PSDB, em 1994, e exerceu sete mandatos na Câmara dos Deputados. Também foi ouvidor-geral da Casa e vice-líder da bancada da legenda por vários anos. Segundo O PSDB, Barbosa "promoveu políticas inclusivas, deixou um legado muito importante em prol das pessoas com deficiência".
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