O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) foi intimado pela Polícia Federal (PF) para prestar depoimento no inquérito que investiga um grupo golpista composto por empresários no WhatsApp. Em declaração à Jovem Pan News, nesta terça-feira (22/8), Bolsonaro disse ter 'vergonha' de ser questionado sobre o assunto e que não fazia parte das conversas mantidas entre seus apoiadores.
Apesar de dizer que não fazia parte dos grupo, Bolsonaro ressaltou que "trocava informações" em conversas particulares com os empresários. O ex-presidente afirma que a PF quer ouvi-lo sobre uma mensagem que ele compartilhou, mas que não era de sua autoria. Ele disse que pediu a seus advogados para terem acesso aos autos do processo antes de prestar o depoimento.
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"Nunca participei desse grupo, trocava informações. Investigaram seis empresários, tiraram o restante e ficaram esses dois. Me chamaram para me ouvir sobre uma mensagem que compartilho que veio da imprensa. Não fui eu que escrevi, se for isso que estou pensando", comentou Bolsonaro ao jornal.
Sobre a mensagem do empresário José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro, sobre preferir um golpe de Estado ao ver o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) eleito, o ex-presidente classificou como um "desabafo".
O novo depoimento de Bolsonaro deverá acontecer no dia 31 de agosto, a PF intimou o ex-presidente após a investigação localizar uma mensagem atribuída ao ex-presidente em que ele teria pedido para que o empresário Meyer Nigri, dono da Tecnisa, compartilhasse notícias falsas sobre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
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