INVESTIMENTOS

Em fórum do Brics, Lula diz que PAC pode atrair investidores do bloco

Presidente afirmou que o programa trará oportunidades que podem interessar a investidores dos países membros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (22/8), que o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) trará oportunidades que podem interessar investidores dos países do Brics — grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A fala ocorreu durante discurso no Fórum Empresarial do bloco, em Joanesburgo, África do Sul.

Segundo o petista, a iniciativa espera movimentar US$ 340 bilhões para a infraestrutura logística brasileira, sendo uma grande oportunidade para investidores externos. “Apresentei, há duas semanas, o PAC, Programa de Aceleração do Crescimento. O plano prevê a retomada de empreendimentos paralisados, aceleração dos que estão em andamento e seleção de novos projetos", disse. 

"Trata-se de um programa amplo, com muitas oportunidades que podem interessar aos investidores dos países do Brics. Esperamos mobilizar 340 bilhões de Dólares para a modernização de nossa infraestrutura logística, com investimentos em rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos”, completou o presidente. 

Ele destacou que o governo pretende estabelecer parcerias com empresários de todos os setores “sob forma de concessões, parcerias público-privadas e contratações diretas”. Segundo o presidente, é necessário garantir maior credibilidade, previsibilidade e estabilidade para fomentar o investimento externo e, consequentemente, o desenvolvimento.

O chefe do Executivo defendeu também a adoção de uma moeda de referência para o comércio entre os membros do Brics que não substituirá as moedas domésticas dos países. A ideia, segundo Lula, é criar independência do dólar, por considerar que alguns países, atualmente, têm dificuldades de comprar a moeda norte-americana.

“Para o investimento voltar a crescer e gerar desenvolvimento, precisamos garantir mais credibilidade, muita previsibilidade e estabilidade jurídica, política e social para o setor privado. Por essa razão, tenho defendido a ideia de adoção de uma unidade de conta de referência para o comércio que não substituirá nossas moedas nacionais”, explicou.

Mais de  R$ 1,7 trilhão em investimento

Apresentado no dia 11 de agosto, o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê um montante de R$ 1,7 trilhão em aportes dos setores público e privado. O objetivo é impulsionar a criação de empregos e a geração de renda, além de atenuar desigualdades sociais e geográficas e estimular a expansão econômica. Para o governo, as iniciativas do PAC estão alinhadas com a mudança ecológica, a reinvenção industrial, o desenvolvimento com foco na inclusão e a preservação ambiental.


*Estagiário sob supervisão de Luana Patriolino