O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos golpistas, Arthur Maia (União-BA), informou, nesta terça-feira (15/8), que o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) não enviou todas as informações solicitadas sobre o 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas. Segundo Maia, foram enviadas as imagens de somente duas câmeras.
“Os pedidos que foram feitos pelos senhores parlamentares não foram atendidos na sua integralidade. Estamos enviando isso, já enviamos isso para o Supremo (Tribunal Federal) e cobrando, naturalmente, que todas as filmagens, na forma como foram solicitadas pelos parlamentares, sejam de fato encaminhadas para esta CPMI", disse o deputado.
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Sem "bravata"
Encabeçados pelo senador Jorge Seif (PL-SC), parlamentares da oposição defendiam uma operação de busca e apreensão no Palácio da Justiça para obter as imagens solicitadas, pedido que não foi atendido pelo presidente do colegiado.
“Não contem comigo para fazer bravata, para ir para porta de ministério fazer algum tipo de manifestação. (...) Não farei isso. Temos o STF, que tem nos ajudado, temos a lei para nos ajudar. Lamento que essas imagens tenham chegado a menor, espero que o ministro Dino tome consciência do papel que ele representa como ministro", pontuou Arthur Maia.
"Falo a todos, para todos: não venham querer provocar esta presidência no sentido de que o ministro [Dino] está zombando com a cara desta presidência, fazendo isso ou aquilo. Sou uma pessoa legalista e agirei no limite da lei. Não tenho medo de cumprir meu papel institucional, mas não sou homem de bravatas para dizer que vou mandar a polícia do Senado invadir o Ministério da Justiça", completou ele.
O pedido pelas imagens do 8 de janeiro foi aprovado na CPMI em julho, antes do recesso parlamentar e Maia afirmou que o ministro Flávio Dino respondeu em ofício que não poderia fornecer os vídeos solicitados sem autorização, já que se trata de informação do inquérito que tramita em sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em agosto, Maia renovou a solicitação junto ao MJSP e disse que, caso não fosse aceito, iria ao STF. O ministro Alexandre de Moraes autorizou que a pasta enviasse o conteúdo à CPMI.
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