RIO DE JANEIRO

Lula fixa olhar em Castro e critica ação policial que terminou em morte

Lula se referiu ao garoto de 13 anos, morto na Cidade de Deus. O discurso foi direcionado ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, durante cerimônia de início das obras de um anel viário

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como "irresponsável", nesta quinta-feira (10/8),  a ação da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ), que matou Thiago, um garoto de 13 anos, na Cidade de Deus, periferia carioca, no início da madrugada da última segunda-feira (7). 

"A gente não pode culpar toda a polícia, mas a gente tem que dizer que o cidadão [policial] que atira em um menino caído no chão é irresponsável," afirmou o presidente, durante sua participação na cerimônia de início das obras do Anel Viário de Campo Grande, no Rio Janeiro. 

Enquanto fazia seu pronunciamento, Lula fixou o olhar no governador do estado, Cláudio Castro (PL). "Ele (o militar) não estava com o psicológico preparado para ser policial. A polícia tem que criar condições e ser eficaz para saber diferenciar quem é o bandido e quem é o pobre que está andando na rua", completou.

Reprodução/Youtube Lula - Lula fixa o olhar no governador Cláudio Castro para falar sobre o assassinato do garoto na Cidade de Deus
 

Garoto morto

O caso abordado pelo presidente Lula chocou os moradores e levantou mais polêmica sobre a segurança pública na capital fluminense. Relatos da comunidade afirmam que o garoto assassinado por um policial já estava caído no chão quando foi morto. 

Sobre o ocorrido, a Polícia Militar afirmou que foi surpreendida, durante uma operação de policiamento, por dois homens em uma motocicleta. Eles teriam atiraram contra a guarnição. Porém, após o confronto, Thiago foi encontrado ferido e não resistiu. Uma pistola calibre 9mm foi apreendida.

Anel viário

Durante a cerimônia, estavam presentes ainda o prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD); o ministro da Cidades, Jader Barbalho; o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloízio Mercadante; além de políticos aliados de Lula.

A obra contará com o financiamento de R$ 702 milhões do BNDES. Segundo Mercadante, incentivos a obras públicas farão parte das novas estratégias do banco para fomentar o desenvolvimento socioeconômico do país. 

 

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