INVESTIGAÇÃO

TCU apura uso indevido de verbas em operação da PRF no 2º turno

Agentes são suspeitos de impedirem votos dos moradores do Nordeste no segundo turno e de terem sido omissos nas manifestações bolsonaristas. À época, a corporação era chefiada por Silvinei Vasques

O Tribunal de Contas da União (TCU) instaurou uma auditoria para investigar o suposto uso indevido de recursos públicos nas operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o segundo turno das eleições de 2022. À época, a corporação era chefiada por Silvinei Vasques — preso nesta quarta-feira (9/8).

A auditoria, que deve ser conduzida até 25 de agosto, foi autorizada pelo ministro Benjamin Zymler, em 11 de julho. A ação ocorre dentro de um processo que investiga uma possível omissão da PRF para desbloquear as vias ocupadas por bolsonaristas após o resultado das eleições presidenciais. O pedido foi apresentado pelo Ministério Público de Contas.

Silvinei Vasques foi preso na manhã desta quarta-feira, em Florianópolis (SC), por suspeita de interferência no pleito do ano passado. De acordo com investigações da Polícia Federal, integrantes da polícia rodoviária teriam direcionado recursos humanos e materiais para dificultar o trânsito de eleitores em 30 de outubro, dia da votação do segundo turno. Na data, moradores do Nordeste usaram as redes sociais para denunciar operações da PRF nas estradas da região. De acordo com eles, os agentes colocaram barricadas em vários pontos, atrasando a votação dos eleitores.

Nesta quarta-feira, a Polícia Federal cumpriu um mandado de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Para a corporação, os crimes teriam sido planejados desde o início de outubro.

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