O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta quarta-feira (9/8) com o presidente do Congo, Denis Sassou N'guesso, após a Cúpula da Amazônia, em Belém. O chefe do Executivo brasileiro reforçou a intenção de fazer com que o Brasil retome o diálogo com os países africanos e citou potencial de parceria na preservação ambiental e no desenvolvimento agrário.
Segundo nota do Planalto, Lula ainda agradeceu ao presidente do país africano por aceitar o convite para a cúpula e se disse muito feliz pela posição comum encontrada na área ambiental. O petista também comentou sobre as diversas visitas que realizou à África em seus primeiros mandatos e a necessidade de o Brasil voltar a ter atenção ao continente.
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O documento apontou que Denis Sassou N'guesso comentou dos desafios do Congo em manter a segurança alimentar da população e das necessidades técnicas e financeiras de fomentar a produção agropecuária e avaliou que o Brasil teria muito a contribuir com a expertise que já tem no setor, além dos gargalos de seu país na geração de energia elétrica, tema que também pode contar com apoio técnico brasileiro.
"O presidente Lula enfatizou que a segurança alimentar é o que há de mais precioso em um país e comentou sobre o grande potencial existente na área do desenvolvimento agrário, em parceria com a agricultura familiar. No Brasil, a principal iniciativa nesse sentido é o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que faz a compra direta da produção de agricultores familiares e leva esses produtos a merenda escolar, hospitais e diversas instituições da rede de assistência social", informou o Planalto.
Por fim, Lula lamentou que o processo de colonização tenha gerado um legado de desagregação produtiva e de dependência econômica em tantas nações em desenvolvimento e ambos os presidentes concordaram que "há grande potencial em parcerias futuras entre os dois países nesses setores".
Mais cedo, o chefe do Executivo também conversou com o presidente da República Democrática do Congo (RDC), Félix Tshisekedi, e destacou a necessidade de avanços nas áreas de cooperação e intercâmbio cultural e econômico.