O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques desembarcou no Aeroporto Internacional de Brasília, no antigo terminal 2, por volta das 17h. Preso em Florianópolis, na manhã desta quarta-feira (9/8), durante operação da Polícia Federal, Vasques participará de audiência de custódia a partir das 18h, na Superintendência Regional da corporação, no Setor Policial Sul.
Ele deve ficar em uma cela na Superintendência da corporação nesta noite. Em seguida, na quinta-feira (10), deve ser levado para o Complexo Penitenciário da Papuda para cumprir ordem de prisão preventiva. Como é integrante da PRF, Silvinei deve ficar em uma ala reservada para autoridades no Centro de Detenção Provisória (CDP).
- Ação da PRF mirava 7 milhões de votos de Lula em 16 cidades do Nordeste.
- Confira o que pesa contra Silvinei Vasques, preso nesta quarta (9/8).
Ele é acusado de crimes por comandar uma operação da Polícia Rodoviária Federal com o objetivo de embaraçar as eleições de 2022, de acordo com a investigação da Polícia Federal. Os alvos seriam eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A ação faz parte da operação Constituição Cidadã, que cumpre 10 mandados de busca e apreensão emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da investigação sobre uma suposta interferência da PRF durante o segundo turno das eleições.
Em nota, a PF afirma que a operação busca esclarecer o uso de máquina pública para fins eleitorais. "De acordo com as investigações, integrantes da Polícia Rodoviária Federal teriam direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no dia 30/10/2022"", diz a instituição.
A corporação também afirma que "os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste do país".