Meio ambiente

É preciso sair do discurso para combater crise climática, diz Tshisekedi

Presidente da República Democrática do Congo, participa da Cúpula da Amazônia nesta quarta (9/8), a convite do presidente Lula; o país possui o segundo espaço florestal do mundo com 155 milhões de metros quadrados do território nacional

Belém — O presidente da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, destacou, nesta quarta-feira (9/8), que a proteção ambiental é uma prioridade em seu país e reconheceu a relevância da Cúpula da Amazônia, que termina hoje, no Pará, para além das fronteiras do bioma. “A importância se demonstra na participação e no seu alcance extraterritorial”, apontou.

“A proteção dessa área se estende também às nossas florestas na bacia do Congo. As mesmas causas produzem os mesmos efeitos, portanto hoje nós precisamos apoiar as iniciativas de preservação desse planeta que compartilhamos”, observou ele.

Tshisekedi cobrou que os representantes dos estados que têm em seus territórios as maiores bacias do mundo devem “unir esforços para vencer os desafios da preservação da floresta e garantir a sobrevivência da humanidade diante das ameaças que pairam sobre nós”.

O presidente o país africano avaliou que “as perturbações climáticas constituem uma pandemia ecológica”. “Precisamos sair do discurso e realizar o objetivo coletivo de manter o aumento da temperatura abaixo de 1,5°C e isso é uma emergência que precisa ser resolvida”, cobrou.

“A República Democrática do Congo é o segundo espaço florestal do mundo com 155 milhões de metros quadrados do território nacional e meu país representa 10% das florestas tropicais do mundo, 38% das florestas africanas e cerca de 60% da bacia do Congo. A área florestal do país sequestra cerca de 24 giga toneladas de gases do efeito estufa, cujo três quartos estão concentrados em 43% da superfície do pais”, detalhou.

Crescimento econômico

O presidente da República Democrática do Congo destacou também ser preciso “modernizar sistemas operacionais florestais e agrícolas” e que estas medidas seriam estratégias para combater a mudança climática. “Para nós é uma verdadeira oportunidade de crescimento econômico resiliente e sóbrio em carbono”.

“Isso nos leva a uma nova economia do clima, que cria oportunidades com inovações tecnológicas, desenvolvimento de estruturas verdes e resilientes, transição ecológica, renovações urbanas e promoção de cidades limpas”, completou.

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