O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou a recente polêmica que envolve as declarações do governador Romeu Zema (Novo), criticado por "xenofobia" contra o nordeste. Zema havia dado uma entrevista sobre a união dos estados do Sul e Sudeste, já que o Norte e Nordeste estavam ganhando espaço nos debates em Brasília.
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Questionado sobre o assunto, durante entrevista na Prefeitura de São Paulo, nessa segunda-feira (7/8), Bolsonaro criticou as falas do governador. "Minha filha é neta de um cearense e São Paulo é a cidade que mais tem nordestino no Brasil", disse.
Zema também se posicionou sobre o assunto, dizendo que sua proposta de união entre as regiões não era para diminuir outras. "Não é ser contra ninguém, e sim a favor de somar esforços. Diálogo e gestão são fundamentais pro país ter mais oportunidades. A distorção dos fatos provoca divisão, mas a força do Brasil está no trabalho em união", afirmou.
O governador fala sobre o tema desde o lançamento do Consórcio de Integração do Sul e Sudeste (Cosud), em cerimônia no início de junho, em Belo Horizonte. As falas, no entanto, pegaram mal entre os principais nomes da política mineira.
O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por exemplo, citou uma tradição de unificação nacional pregada por políticos mineiros. "Não cultivamos em Minas a cultura da exclusão. JK, o mais ilustre dos mineiros, ao interiorizar e integrar o Brasil, promoveu a lógica da união nacional", escreveu.