INVESTIMENTO

Ministro da Agricultura: 'Não tem PAC sem agropecuária crescente'

Durante discurso em evento do agronegócio nesta segunda-feira (7/8), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, defendeu ainda que é preciso se contrapor às exigências impostas pela Europa

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declarou, nesta segunda-feira (7/8), que "não tem como existir PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) neste país, se não for com a agropecuária crescente". Ele disse ainda que é preciso levar em conta o desenvolvimento tecnológico do Brasil e do setor nas últimas décadas, e criar uma "nova ordem mundial" em contraponto às exigências ambientais da Europa.

"Não tem como existir PAC neste país se não for através da agropecuária crescente, pujante, forte. Nós vamos incrementar 40 milhões de hectares ao sistema produtivo. Isso vai gerar emprego no comércio, na indústria, na cidade... Essa é a nossa grande vocação", discursou o ministro durante o 22º Congresso Brasileiro do Agronegócio, em São Paulo.

O novo PAC está previsto para ser lançado nesta sexta-feira (11/8), durante evento no Rio de Janeiro. O programa é baseado no realizado nos governos petistas passados, e consiste em uma série de investimentos em infraestrutura. O novo modelo do PAC incluirá também investimentos estrangeiros e parcerias público-privadas.

Fávaro destacou ainda os avanços no agronegócio brasileiro nas últimas décadas. "O mundo inteiro exalta as inovações tecnológicas, principalmente dos asiáticos. nos últimos 50 anos. Vimos o tanto que esses países evoluíram com tecnologia, mas não podemos, e não devemos, ter síndrome de vira-lata", enfatizou.

Para ele, o Brasil fez "uma grande revolução" no mesmo período, graças aos investimentos em tecnologia e ciência, e ao desenvolvimento do agro, que, para Fávaro, "vai ser a salvação alimentar para o mundo".

"Nova ordem"

Em seu discurso, Fávaro também defendeu a necessidade de estabelecer uma "nova ordem mundial" em contraponto à Europa, que fazem duras exigências ambientais, por exemplo, para selar o acordo comercial entre União Europeia e o Mercosul.

"Essa ordem do mundo que vem sendo imposta pela Europa e União Europeia tenta nos tirar a competitividade. Nada mais do que isso", frisou o ministro. "Sabemos da nossa responsabilidade com o meio ambiente. Da nossa responsabilidade de fazer um Código Florestal tão restritivo e responsável ao meio ambiente. Por que outros não fizeram? Por que, ainda assim, querem apontar o dedo?", completou Fávaro.

O evento é realizado na capital paulista e reúne representantes do agro, empresários e autoridades do governo. Além de Fávaro, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), também participou, ainda que virtualmente.

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