Em nome da “sustentabilidade política” do governo, os ministros Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, e Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, admitiram que há a possibilidade de deixarem seus cargos para acomodar o Centrão.
“Todo apoio a ele (o presidente Luiz Inácio Lula da Silva) para que a gente tenha, sim, uma base que garanta estabilidade política. Isso aqui é bom, não é para o governo, é bom para o país: estabilidade política, econômica e social”, disse Wellington Dias neste sábado (5/8), em Belém (PA), durante o Diálogos Amazônicos, evento que antecede à Cúpula da Amazônia.
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Na sexta (4/8), o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, confirmou a entrada dos deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) no governo, representando suas legendas em troca de apoio no Congresso. No entanto, ainda não há previsão de em qual pasta nem quando.
Segundo Dias, embora haja muita articulação nos bastidores, “quem decide é o presidente”. “Na hora certa ele vai bater o martelo, vai anunciar e terá nosso apoio”.
Paulo Teixeira, por sua vez, afirmou que não há preocupação com as mudanças nos ministérios: “A cada dia, sua agonia”.
“Recentemente, foi dito que a área social é o coração do presidente Lula. E o coração do presidente Lula ele certamente trata com muito carinho. É por essa razão que não estamos perdendo nenhuma noite de sono, porque temos que trabalhar pelo povo e estamos em todos os lugares do Brasil”, comentou.
“Como disse o ministro Wellington, é importante ter sustentabilidade política. Por isso, tanto ele quanto eu defendemos a entrada desses dois partidos (PP e Republicanos) no governo. E vamos aguardar. Temos certeza de que o presidente Lula cuidará bem do seu coração”, completou, fazendo referência aos programas sociais geridos pelos dois ministérios.