Polícia Federal

Justiça manda soltar fazendeiro que ameaçou atirar em Lula no Pará

Como medida cautelar, a juíza determinou que Arilson Strapasson não se aproxime de Alter do Chão pelos próximos 10 dias

O fazendeiro bolsonarista preso pela Polícia Federal em Santarém (PA), após ter ameaçado dar um tiro na barriga do presidente Lula (PT), recebeu liberdade provisória nesta sexta-feira (4/8). Arilson Strapasson participou de audiência de custódia na sede da Justiça Federal, acompanhado do advogado Renato Martins.

A juíza Mônica Guimarães determinou, como medida cautelar, que o fazendeiro não se aproxime de Alter do Chão, um balneário localizado a cerca de 37 km da zona urbana de Santarém, pelos próximos 10 dias. Arilson possui imóveis tanto em Alter do Chão quanto na região do Chapadão, que foram alvos de busca e apreensão nesta sexta.

Lula chegou a Santarém na tarde de hoje e deve visitar a região de Alter do Chão no fim de semana. Na segunda-feira (7/8), o presidente cumpre agenda em Santarém. Já na terça-feira e na quarta, ele estará em Belém para a Cúpula da Amazônia, que reunirá presidentes para discussões ligadas à Amazônia e à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30).

Segundo o advogado Renato Martins, Strapasson deve permanecer em Santarém para resolver a questão, evitando por enquanto retornar para seu município de residência, Novo Progresso, no sudoeste do Pará. Ele afirmou que a justiça entendeu não haver motivos para manter a prisão, pois não houve comprovação da ameaça feita pelo cliente, a denúncia está sendo investigada.

8 de janeiro

A Polícia Federal prendeu o homem em flagrante na quinta-feira (3/8), após uma testemunha informar à polícia de que o autor estava em um bar proferindo ameaças contra o chefe do Executivo. De acordo com a corporação, o suspeito confessou ter feito ameaças ao ser detido e disse ainda ter participado da invasão do prédio do Congresso Nacional no dia 8 de janeiro deste ano, quando ocorreram ataques às sedes dos Três Poderes.

O fazendeiro, que tem ligação com o garimpo, também alegou que colaborou com R$ 1 mil por dia, com o acampamento montado em frente a um quartel do Exército no Pará. “Segundo o próprio homem, ele teria participado das manifestações em frente ao 8º Batalhão de Engenharia de Construção situado na cidade de Santarém/PA durante 60 dias ininterruptos e que, inclusive, financiou a manifestação com R$1.000,00 todos os dias”, informou o texto da PF.

No decorrer das diligências realizadas pela PF, foi descoberto um comprovante de compra e venda de um imóvel na região, com valor de transação de 2,5 milhões de reais. Strapasson está sendo acusado de ameaça e incitação a um atentado contra autoridade motivado por razões políticas.

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