O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (3/8), "não estar com pressa" e que decidirá sobre a reforma ministerial na semana que vem, após a Cúpula da Amazônia. A declaração ocorreu em entrevista a rádios da Amazônia.
"Eu não estou com pressa, as pessoas sabem o que eu vou fazer e sabem que o presidente da República tem que tomar muito cuidado e muita responsabilidade. Porque, quando você mexe no tabuleiro, você não pode mexer em uma peça errada ou colocar uma peça errada", alegou.
"Eu vou fazer ajustes no governo porque nós temos interesse de construir uma maioria para que, até o final de 2026, a gente já possa votar as coisas importantes de interesse do povo brasileiro. A troca de ministros não pode ser vista como uma coisa absurda, uma coisa menor. É uma coisa muito importante. Nós temos partidos importantes que querem participar do governo, fazer parte da base, então vamos conversar com esses partidos", apontou.
- Lula volta a dizer que não fará acordo com Centrão "como um todo"
- Votação do arcabouço está atrelada à reforma ministerial
- Lula dá recado ao Centrão: "Não é o partido que escolhe o ministério"
O presidente ainda afirmou que viajará ao Pará para participar da Cúpula da Amazônia e que definirá a reforma ministerial ao retornar, na próxima semana.
"É verdade que eu vou fazer mudança no ministério, mas é verdade que isso ainda não está definido por mim. Eu vou agora para o estado do Pará e, quando eu voltar, semana que vem, eu vou definir o que vou fazer no governo", completou.
Ontem, o petista voltou a dizer que não negociará acordo com o Centrão como um bloco, mas que tentará construir um acerto com cada partido separadamente — afirmou em referência a não querer centralizar os acordos na figura do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Lula deve conversar com Lira hoje sobre as mudanças, além de se reunir com líderes do União Brasil, PP e Republicanos para negociar pessoalmente os cargos e o apoio no Congresso para votações neste segundo semestre.