Brasil Sem Fome

Lula diz que Bolsonaro priorizou armas e deixou brasileiros com fome

No lançamento do Brasil sem fome, o petista disse que Bolsonaro "gostava era de facilitar compra de pistola", mas que quer "que o povo compre comida"

Em Teresina, Lula lança Plano Brasil Sem Fome -  (crédito: Ricardo Stuckert / PR)
Em Teresina, Lula lança Plano Brasil Sem Fome - (crédito: Ricardo Stuckert / PR)
Ingrid Soares
postado em 31/08/2023 20:11

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (31/8), que o problema da fome no Brasil não passa por falta de comida, mas pela falta de dinheiro em decorrência do desemprego. Para ele, escolhas do governo Bolsonaro fez com que o povo não tivesse acesso a comida. A declaração ocorreu durante evento de lançamento do Plano Brasil Sem Fome, ocorrido em Teresina.

"A questão da fome é uma coisa que mexe muito comigo porque a fome não é vista pelos outros. Ela não dói pra fora, dói pra dentro. E todo mundo sabe o que é o sofrimento de uma mãe colocar uma criança para dormir com fome e essa criança acorda e não tem um pão e um copo de café com leite para tomar. Isso não deveria acontecer no Brasil. O Brasil é um país rico, tem muita terra".

Lula citou que o país é o terceiro produtor de grãos e primeiro produtor de proteína animal do mundo. "Então qual é a explicação que um país que produz tudo como nós tem 33 milhões de pessoas passando fome? Não é falta de comida, falta de plantar. O problema é que o povo não tem dinheiro para ter acesso a comida. É por isso que só vai acabar com a fome de verdade quando a gente tiver garantindo que todo povo trabalhador tenha emprego, tenha salário para criar sua família".

Para ele, uma das causas para a pobreza que leva à fome foram as prioridades do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Esse governo que deixou o país gostava era de arma, gostava de facilitar compra de pistola, fuzil, bala. Pois eu quero que o povo compre comida, compre livro. Que o povo tenha uma vida melhor. Isso é o Brasil Sem Fome".

O petista emendou e diz ter pego o país destruído. "Estamos em uma batalha que não é fácil. Pegamos esse país destruído. Recebemos um Brasil dia 1 de janeiro nem orçamento tinha", disse ainda citando obras paradas.

"A nossa tarefa é reconstruir esse país. Dar decência às pessoas, garantir que essa meninada possa virar gente, ser doutor, trabalhar e criar sua família e viver dignamente. É isso que queremos. Esse país é possível, já criamos uma vez e a gente vai recriar outra vez".

Lula ainda ressaltou que o Bolsa Família não é uma 'solução definitiva'. "É uma medida quase de urgência para atender as pessoas mais necessitadas até a gente arrumar definitivamente 'arrumar a casa'".

Ele também destacou a desigualdade no país. "A riqueza produzida não é repartida em igualdade de condições. Alguns podem comer 10 vezes por dia e outros ficam 10 dias sem comer. Isso está errado. Isso que preciso corrigir. Por isso que tenho obsessão contra a fome".

 

Elogios a Wellington Dias

Lula ainda voltou a elogiar o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, que tem o cargo cobiçado pelo centrão chamando-o de "índio mais esperto do Brasil". Já Wellington, retribuiu e agradeceu o presidente que o incumbiu de coordenar o novo programa contra a fome.

"O senhor tem uma história parecida com a história de muitas pessoas do Brasil. O senhor experimentou a fome e venceu a fome, quis Deus que eu também pudesse experimentar a fome e vencer a fome, e é por isso que eu estou aqui hoje, olhando nos seus olhos, perante o meu povo, pode acreditar, o Brasil, comandado por vossa excelência, e agradeço a confiança de estar nessa coordenação com tanta gente preparada. Nós juntos, vamos de novo tirar o Brasil do mapa da fome", declarou Wellington Dias

Também estiveram no evento o ministro de Portos e Aeroportos, Marcio França; a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco; a ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves; a primeira-dama, Janja, o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT) e governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT).

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