investigação

Bolsonaro e Michelle se apresentam à PF para depoimento sobre joias

O ex-presidente, a esposa e mais seis investigados devem passar mais de oito horas na sede da Polícia Federal em oitivas simultâneas para que não haja combinação de versões

Bolsonaro a ex-primeira-dama e mais seis envolvidos prestam depoimentos simultâneos na PF nesta qjinta-feira (31/08) -  (crédito: Beto Barata/ PL e Ed Alves/CB/DA.Press)
Bolsonaro a ex-primeira-dama e mais seis envolvidos prestam depoimentos simultâneos na PF nesta qjinta-feira (31/08) - (crédito: Beto Barata/ PL e Ed Alves/CB/DA.Press)
Henrique Lessa
postado em 31/08/2023 12:04 / atualizado em 31/08/2023 12:09

O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), chegou, na manhã desta quinta-feira (31/08), por volta das 10h50, na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, para prestar um novo depoimento sobre o caso das joias sauditas recebidas pelo ex mandatário que, supostamente, foram objeto de tentativa ilegal de venda.

Além de Bolsonaro, a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e mais seis envolvidos no caso devem depor simultaneamente nesta quinta-feira. A estratégia — semelhante a uma acareação, mas não confronta os investigados entre eles — visa questionar os investigados de forma simultânea, para evitar que eles possam combinar os depoimentos.

A estimativa, segundo fontes da PF, é que as oitivas se estendem por mais de oito horas. Além do ex-presidente e da esposa, estão sendo ouvidos Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro e ex-secretário-executivo do Ministério das Comunicações; Frederick Wassef, advogado do clã Bolsonaro; coronel Marcelo Câmara, da reserva do Exército e assessor de Bolsonaro; tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro; general da reserva, Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Cid e amigo de Bolsonaro e o tenente Osmar Crivelatti, assessor de Bolsonaro.

A última operação da PF no caso, a Lucas 12:2, revelou que diversos presentes protocolares entregues ao, à época, presidente Jair Bolsonaro (PL), em visitas oficiais, em especial à países do Oriente Médio, acabaram nem sendo registrados no acervo da presidência da república. Outros como o relógio Rolex presenteado por um príncipe saudita, acabou vendido em uma casa especializada nos Estados Unidos. Para o Tribunal de Contas da União (TCU), esses itens, de alto valor, não pertenciam a Bolsonaro, e devem ficar no acervo do governo brasileiro.

O entendimento do TCU, alterado antes do mandato de Bolsonaro, durante o governo de Michel Temer, e obrigou o ex-presidente Lula a devolver uma série de itens que antes eram considerados de uso pessoal, e haviam sido incorporados ao acervo pessoal.

 

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