A deputada Carla Zambelli (PL-SP) foi intimada pela Polícia Federal para prestar depoimento em setembro. Ela deve ser ouvida em uma investigação que corre sobre o hacker Walter Delgatti Neto, acusado de invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Tanto Zambelli quanto Delgati foram alvos de uma operação que investiga crimes em decorrência da invasão dos servidores do órgão. A defesa de Zambelli confirmou ao Correio a intimação para realizar a oitiva. No entanto, disse ainda desconhecer o teor da investigação.
A previsão é de que a oitiva ocorra de maneira presencial. A parlamentar é acusada de pagar Delgatti para invadir os sistemas do CNJ e incluir uma ordem de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no Banco Nacional de Mandados de Prisão. Além disso, o suspeito teria tentado invadir contas pessoais do magistrado nas redes sociais, além do e-mail utilizado pelo ministro.
O pagamento teria ocorrido por meio de assessores. Zambelli afirma que a contratação foi para que o acusado cuidasse do site e das redes sociais dela. A congressista e o hacker foram alvos da operação 3FA.
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A PF aponta que os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Em julho, Walter Delgatti Neto disse, em depoimento à Polícia Federal (PF), que Carla Zambelli pediu para que ele invadisse as urnas eletrônicas ou a conta de e-mail e telefone do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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