ATOS GOLPISTAS

Ex-comandante da PM fica em silêncio em depoimento da CPMI do 8 de janeiro

Fábio Augusto Vieira se recusou a responder as perguntas feitas pela relatora da Comissã. Direito foi assegurado por decisão do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF)

Militar ficou em silêncio na CPMI do 8 de janeiro  -  (crédito: Ed Alves/D.A Press/CB)
Militar ficou em silêncio na CPMI do 8 de janeiro - (crédito: Ed Alves/D.A Press/CB)
Aline Brito
postado em 29/08/2023 12:40

O ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Fábio Augusto Vieira decidiu fazer uso do Habeas Corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, que permitiu a ele o direito de ficar em silêncio durante a Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. O policial foi convocado a depor, na manhã desta terça-feira (29/8). 

Após se esquivar de responsabilidade no discurso inicial, Vieira informou que ficaria em silêncio até que tivesse acesso aos autos completos do processo contra ele. No entanto, ele ressaltou que não participou e nem foi omisso a nenhum plano golpista. 

“Jamais compactuei, assenti, participei ou permiti que atacassem nosso Estado Democrático de Direito”, disse. “Considerando que os fatos investigados nesta CPMI compõem a denúncia apresentada com prazo em curso para minha defesa, que não foi franqueado à minha defesa a íntegra dos documentos utilizados pela acusação na formulação da denúncia e por orientação da minha defesa, vou permanecer em silêncio até o acesso à íntegra dos autos e a apresentação da defesa com todos os esclarecimentos para cada um dos fatos que me são imputados”, declarou.

Fábio Augusto Vieira se colocou à disposição para retornar à CPMI após ter acesso aos autos. O militar é investigado pela Polícia Federal por omissão nos atos do 8 de janeiro, sendo acusado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, por infringir a Lei Orgânica e regimento interno da PMDF e por deterioração do patrimônio tombado. No dia dos ataques, ele estava à frente da corporação. 

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores através do e-mail: sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação