INVESTIGAÇÃO

Parlamentar suspeito de participar do 8/1 é alvo de operação da PF

Estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Goiânia e Piracanjuba. Essa é a 15ª fase da operação Lesa Pátria

Estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão pela PF -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
Estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão pela PF - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
Correio Braziliense
postado em 29/08/2023 07:00 / atualizado em 29/08/2023 07:43

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (29/8), a 15ª fase da operação Lesa Pátria para identificar pessoas que incitaram, participaram ou financiaram os ataques antidemocráticos contra as sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. Estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Goiânia e Piracanjuba, contra o deputado estadual de Goiás, Amauri Ribeiro (União).

A PF investiga os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.

Em junho deste ano, o parlamentar Amauri Ribeiro disse, durante discurso na Assembleia Legislativa de Goiás, que foi um dos financiadores dos acampamentos bolsonaristas em frente aos quartéis generais do Exército.  Na ocasião, ele defendia a liberdade do coronel Benito Franco, preso Polícia Federal em abril durante operação que investigava atos golpistas. 

"A prisão do coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem neste estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro”, afirmou o deputado.

No entanto, logo após a repercussão da fala, o deputado recuou. “A imprensa foi lá e distorceu, levando para o dia 8 de janeiro, dizendo que eu assumi e patrocinei. Isso é vergonhoso e absurdo. Eu não seria idiota de falar um absurdo desses”, disse.

O Correio tenta contato com o deputado Amauri Ribeiro, mas ainda não obteve retorno. 

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