O ex-vereador Alexandre Bobadra (PL), que propôs o 'Dia do Patriota' em Porto Alegre, disse que se arrependeu da escolha da data e afirmou que se pudesse voltar no tempo escolheria o dia 7 de setembro, ao invés de 8 de janeiro, para a celebração. A lei foi proposta no dia 15 de março e promulgada pelo presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Hamilton Sossmeier (PTB), no dia 10 de julho.
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Na data escolhida para a celebração, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes, em Brasília. "Se pudesse voltar no tempo, colocaria no dia 7 de setembro. O projeto é bacana, é legal, mas poderia ser dia 7 de setembro", disse o ex-vereador ao portal GHZ.
Bobadra diz que o projeto foi concebido pelo ativista conservador Marco Della Nina. "Já que ele me procurou, pensei: "Vamos fazer o Dia do Patriota". Falei: "Pessoal [assessores], façam o Dia do Patriota". Tenho que agradar meus eleitores. O Della Nina, certamente junto com alguém que assessorou ele, construiu o texto. Em nenhum momento diz que é uma homenagem às pessoas que invadiram. Sou totalmente contra isso. Poderia ser em homenagem às pessoas que foram injustamente presas. A responsabilidade é minha, eu que assinei o projeto, mas só me dei conta depois", explicou.
Na última sexta-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) pela inconstitucionalidade da lei que criou o 'Dia do Patriota'.
Vereador cassado
O político foi cassado por abuso de poder econômico por utilizar sozinho 43% dos recursos do fundo eleitoral do então PSL, partido pelo qual se candidatou e se elegeu em 2020.
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