JUDICIÁRIO

STF ordena que Câmara atualize tamanho de bancadas dos estados

Supremo forma maioria para obrigar Casa a corrigir número de deputados por unidade da Federação com base no tamanho da população

A atualização do número de cadeiras na Câmara deve levar em consideração os dados do Censo de 2022, feito pelo IBGE -  (crédito: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
A atualização do número de cadeiras na Câmara deve levar em consideração os dados do Censo de 2022, feito pelo IBGE - (crédito: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
Renato Souza
postado em 26/08/2023 03:55

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta sexta-feira, pela fixação de um prazo para que o Congresso atualize o número de deputados por estado de acordo com o tamanho da população de cada unidade da Federação.

Os ministros seguiram o entendimento do relator da ação, Luiz Fux. De acordo com o voto do magistrado, o Congresso tem de aprovar uma lei nesse sentido até 25 de junho de 2025.

A atualização do número de cadeiras por unidade federativa deve levar em consideração os dados do Censo de 2022, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, tem de ser respeitado o número máximo de 513 deputados. A decisão possivelmente vai alterar a composição das bancadas.

A regra deve valer para as eleições de 2026, com início de mandatos em 2027. Caso os parlamentares não acatem a decisão até o prazo estabelecido, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fazer as alterações até outubro de 2025. Nesse caso, os magistrados podem definir parâmetros que acharem convenientes na definição das regras a serem seguidas para ocupar as vagas na Casa Legislativa.

O STF analisa uma ação apresentada pelo governo do Pará. O Executivo estadual alega que uma lei de 1993 prevê limite máximo e mínimo de parlamentares, mas não detalha como deve ser a distribuição por unidade da Federação.

A maioria dos magistrados entende que o Congresso se omitiu em legislar e isso causa prejuízos para o regime democrático e a participação popular nas decisões da vida política nacional.

Os ministros Gilmar Mendes, Edson Fachin, Cristiano Zanin, Rosa Weber, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes acompanharam o voto do relator. 

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