CONGRESSO

CPI das Pirâmides Financeiras ouve sócios da 123 milhas na terça

O colegiado quer apurar se a suspensão de viagens, anunciada pela empresa na última sexta (18), configura esquema de pirâmide

Cancelamento de passagens da empresa 123 Milhas entra na mira da CPI das Pirâmides Financeiras
 -  (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
Cancelamento de passagens da empresa 123 Milhas entra na mira da CPI das Pirâmides Financeiras - (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
Ândrea Malcher
postado em 25/08/2023 18:34 / atualizado em 25/08/2023 18:39

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga Pirâmides Financeiras vai ouvir, na próxima terça-feira (29/8), os sócios e administradores da 123 milhas, Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, sobre a suspensão da emissão de passagens aéreas compradas pelos consumidores, que anunciada pela empresa na sexta passada (18/8).

A suspensão afeta viagens com embarques previstos para o período de setembro a dezembro e, segundo a 123 milhas, os valores pagos pelos clientes serão integralmente ressarcidos, com correção monetária, por meio de vouchers, no entanto.

A convocação atende ao requerimento de autoria do deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ). No pedido, ele afirma que a empresa se tornou a maior agência de vendas de passagens online e há a suspeita de que o episódio seja enquadrado em um esquema de pirâmides.

“Além disso, da forma como foi apresentado pela empresa, a venda dos pacotes de viagem era feita sem que houvesse nenhum compromisso de arcar com a responsabilidade junto a seus clientes”, diz a justificativa.

O foco da CPI tem sido fraudes por meio do uso de criptomoedas, com falsas promessas de rentabilidade alta ou garantida para atrair vítimas. Na última semana, o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho se esquivou duas vezes de depor no colegiado.

Ele é co-fundador e sócio da 18K Ronaldinho, que trabalha com trading e arbitragem de criptomoedas. A empresa é acusada de não passar a custódia das moedas virtuais aos clientes, a quem foram prometidos rendimentos de até 2% ao dia. A CPI estuda recorrer à Justiça para obrigá-lo a depor.

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