O Supremo Tribunal Federal (STF) interrompeu o julgamento nesta quinta-feira (24/8) sobre a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal após um pedido de vista do ministro André Mendonça.
O julgamento foi retomado hoje com o voto do relator, ministro Gilmar Mendes. O magistrado mudou o entendimento e votou pela descriminalização. Em 2015, ele tinha sido contra a mudança.
Na sequência, o ministro Cristiano Zanin abriu a divergência com o voto contrário a descriminalização. Para ele, a prática deve continuar como crime, mas deve haver critérios para diferenciar usuários de traficantes. Para isso, ele sugeriu fixação, como parâmetro adicional para configuração de usuário da substância, a quantidade de 25 gramas ou seis plantas fêmeas.
Após Zanin, o ministro André Mendonça pediu vista do processo. Mas a ministra Rosa Weber decidiu antecipar o voto favorável a descriminalização.
Além dos três, os ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin já tinham se posicionado para descriminalizar apenas a maconha. Ainda faltam votar os ministros André Mendonça, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux e Nunes Marques.
O Supremo julga o artigo 28 da Lei de Drogas, que determina que é crime adquirir, guardar e transportar entorpecentes.
Como votaram os ministros
A favor
- Luís Roberto Barroso
- Alexandre de Moraes
- Edson Fachin
- Rosa Weber
- Gilmar Mendes
Contra
- Cristiano Zanin
Faltam votar
- André Mendonça
- Cármen Lúcia
- Dias Toffoli
- Luiz Fux
- Nunes Marques
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