O PSol quer convocar Jair Renan, o filho "04" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para explicar na CPI das Pirâmides Financeiras, da Câmara dos Deputados, sua relação com negócios envolvendo a criptomoeda.
O partido pretende protocolar nesta sexta (25/8) na comissão o requerimento para que Jair Renan compareça e preste esclarecimentos especificamente sobre o fato de ter abandonado o cargo de embaixador do Myla, um metaverso responsável responsável pela criação de uma criptomoeda.
O deputado Glauber Braga (PSol-RJ) anunciou na CPI, nesta quinta-feira (24/8), o pedido de convocação do filho do ex-presidente. Jair Renan deixou o cargo de embaixador e sócio da Myla após a criptomoeda do projeto despencar quase 90%.
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"Tivemos uma notícia específica da participação do Jair Renan num negócio que mobilizava um número de grande de pessoas. E esse negócio envolve criptomoedas. Então é fundamental que ele seja ouvido na CPI. Por enquanto não estamos pedindo nenhuma quebra de sigilo bancário, telefônico, ou fiscal, estamos simplesmente apresentando uma convocação para que ele aqui compareça e dê explicações. O presidente e o relator já demostraram que vão pautar o requerimento, e nós vamos trabalhar para que seja aprovado e que ele venha a CPI", afirmou Braga.
Durante a sessão desta quinta-feira, o deputado questionou o presidente da CPI, Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), antes de seu anúncio, se havia alguma restrição a nomes. "Não, nenhum", respondeu Ribeiro.
O presidente do colegiado foi além e declarou também que todos os requerimentos apresentados até hoje foram pautados e todos foram aprovados.
"Todos os requerimentos foram apreciados e não teve prejulgamento em retirar de pauta. Todos apresentados foram aprovados", completou.
O deputado do PSol afirmou que a convocação de Jair Renan não tem relação com a Operação Nexum, desta quinta, da Polícia Civil do Distrito Federal e que investiga um grupo suspeito de cometer estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
"Hoje foi deflagrada uma operação que pegou equipamento do filho do ex-presidente. Não posso me adiantar a uma posição se a operação tem relação direta com criptomoeda e pirâmide financeira.
Sem aprofundamento da investigação, não posso dizer isso", disse Braga.
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