O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarca em Luanda, capital de Angola, nesta sexta-feira (25/8). A viagem ocorre após participação na Cúpula de chefes de Estado do Brics, na África do Sul.
Amanhã, o chefe do Executivo se reunirá com o presidente angolano, João Manuel Lourenço. Ambas as nações vão assinar acordos de cooperação nas áreas de agricultura, processamento de dados, apoio a pequenas e médias empresas, saúde e educação.
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Segundo a agenda oficial, Lula visitará a Assembleia Nacional de Angola, onde fará um pronunciamento. No fim do dia, participa do encerramento de um seminário com empresários dos dois países. O evento prevê a presença de uma delegação de cerca de 60 representantes de empresas brasileiras dos ramos de alimentos, produtos farmacêuticos, aviação e máquinas agrícolas, entre outros.
Já no sábado (26), a expectativa é de que Lula visite o Instituto Guimarães Rosa, em Luanda, mantido pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil e participe da inauguração da Galeria Ovídeo de Melo — o instituto existe em 24 cidades do mundo, para promoção da cultura nacional.
E no domingo (27), o petista estará em São Tomé, capital de São Tomé e Príncipe, para a 14ª Conferência de chefes de Estado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Parceira internacional
Segundo o Planalto, a Angola é o único país do continente africano, além da África do Sul, com o qual o Brasil tem uma Parceria Estratégica. O acordo foi assinado em 2010, durante o segundo mandato do presidente Lula.
De acordo com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), os dois países mantêm sete projetos de cooperação em execução e os governos discutem a implementação de outros três, nas áreas de saúde e educação. Além disso, projetos nas áreas de meio ambiente, geoprocessamento, geologia, saúde, energia, urbanização e segurança pública estão em estudo.
Uma das ações brasileiras de destaque no país é o Programa de Desenvolvimento Regional do Vale do Cunene, região no sul de Angola, que foi castigada pela seca nos últimos anos. A iniciativa, com participação da Embrapa, tem como objetivo ampliar a agricultura local, com técnicas de plantio e irrigação semelhantes às que foram utilizadas no Vale do rio São Francisco, no Nordeste brasileiro.
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