O sargento Luis Marcos dos Reis, ex-integrante da equipe de Ajudância de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), assumiu ter participado dos atos golpistas de 8 de janeiro. A confissão foi feita nesta quinta-feira (24/8), durante depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os envolvidos no episódio.
Reis assumiu a participação na manifestação depois que parlamentares governistas revelaram mensagens enviadas por ele a amigos na data, as quais a Polícia Federal teve acesso após quebra do sigilo telefônico e telemático do celular do sargento. Nos áudios e textos, o militar diz que está “no meio da muvuca” e que “foi bonito”.
Com a exposição das mensagens, o sargento disse que queria "enfatizar que eu fui [aos atos], cheguei às 17h, subi [a rampa do congresso], tirei foto lá em cima”. “Me arrependo, o crime foi esse”, enfatizou.
“Quando eu subi a rampa, estava pacífico. Tinha carrinho de bebê lá”, argumentou o sargento. Entretanto, o deputado Rafael Brito (MDB-AL) mostrou uma outra mensagem enviada por Reis, em que dizia que “entraram no Planalto, no Congresso, na Câmara dos Deputados e no STF, arrancaram as togas daquele ladrão”. Ao falar sobre toga, o militar estaria se referindo ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O sargento também assumiu ter visitado o acampamento em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, junto com a esposa e os filhos.
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