ATOS GOLPISTAS

CPMI 8/1 aprova quebra de sigilo de Zambelli e reconvocação de Cid

Colegiado aprovou 57 requerimentos em bloco, com itens sobre a quebra de sigilo de Carla Zambelli, Walter Delgatti e a reconvocação de Mauro Cid

Comissão aprovou quebra de sigilo de deputada Carla Zambelli -  (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
Comissão aprovou quebra de sigilo de deputada Carla Zambelli - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
Ândrea Malcher
postado em 24/08/2023 11:15 / atualizado em 24/08/2023 11:15

Após confusão na última sessão, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro aprovou, nesta quinta-feira (24/8), a quebra de sigilos da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e do irmão dela, Bruno Zambelli, e do hacker Walter Delgatti Neto. Também foi aprovada a reconvocação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ao todo, o colegiado deu prosseguimento a 57 requerimentos. A CPMI também aprovou a convocação do segundo-tenente Osmar Crivelatti e o ex-comandante do Exército Villas-Bôas Corrêa. O presidente da comissão, o deputado Arthur Maia (União-BA), sugeriu que fossem aprovados em bloco todos os itens que constam na pauta, com votação simbólica. Segundo o parlamentar, “não há nenhum requerimento problemático, polêmico nem de um lado nem de outro”.

A deputada Jandira Feghali (Psol-RJ) observou que os as solicitações para quebra de sigilo do ex-chefe do Planalto e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro aguardam análise e seguem sem entrarem na pauta. “Gostaria que fosse avaliado com rapidez o pedido de movimentação financeira de Michelle e Jair Bolsonaro. Esses requerimentos já estão aí há algum tempo, estavam acordados para colocar na pauta e saíram da pauta. Então queria que o senhor, presidente, avaliasse com a relatora [Eliziane Gama] a inclusão na pauta nas próximas semanas”, disse. 

Na quarta-feira, Arthur Maia se reuniu ontem com o ministro da Defesa, José Múcio, e com o comandante do Exército, Tomás Miguel Paiva. Ele afirmou que não vê razões para quebrar sigilos do ex-presidente. “Essa CPMI não vai adentrar em questão de corrupção, de venda de jóias, porque isso não está relacionado com o 8 de janeiro. A não ser que chegue na CPMI alguma vinculação que pode demonstrar alguma ação dessa natureza, não vejo sentido de quebrar o sigilo apenas porque é o ex-presidente da República”, ressaltou.

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