O Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima (MMA) e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) relançaram nesta quinta-feira (24/8) o Fundo Clima, em Brasília. O programa é voltado para financiar projetos que atuem para reduzir as emissões de gases estufa ou na adaptação às mudanças climáticas.
O Fundo contém cerca de R$ 2 bilhões em recursos acumulados atualmente, que estão parados desde o desmonte do Conselho gestor pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a meta é captar cerca de R$ 10 bilhões para o financiamento de projetos em sustentabilidade.
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Em discurso, a chefe da pasta afirmou que é preciso criar bases sólidas para políticas públicas, que possam ser ampliadas no futuro. "É isso que está acontecendo com o Fundo Clima. Essa possibilidade de fazer uma captação e termos algo em torno de R$ 10 bilhões para investimentos dessa agenda. Só é possível porque tem um fundamento robusto", declarou a ministra.
Retomada do Conselho Gestor
O relançamento do programa foi realizado na sede do Ibama, nesta manhã. Também esteve presente o presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), além do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
A reunião também marcou a volta do Conselho Gestor do Fundo, formado por integrantes das três esferas do governo e da sociedade civil, que decidirá sobre a aplicação dos recursos. Após o encontro, na parte da tarde, está prevista uma coletiva de imprensa sobre o programa.
"Os recursos serão geridos pelo Conselho Gestor, pelo ministério [do Meio Ambiente] e pelo BNDES. Quero dar os parabéns ao Mercadante, que o BNDES, hoje, dentre os mais de 500 bancos públicos do mundo, é um dos ou o mais transparente dos bancos públicos do mundo", declarou Alckmin, que ocupa a Presidência durante a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à África.
Além da aplicação dos recursos, o governo discute hoje como será a captação dos valores. Segundo Dario Durigan, a principal forma de captação será a emissão pelo governo de títulos soberanos sustentáveis para o exterior, conhecidos como green bonds.
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