Congresso Nacional

Deputado do PL diz que errou ao votar contra MP do salário mínimo

O único deputado a se posicionar contra a proposta foi Luiz Lima (PL-RJ). Segundo ele "foi um erro" ao apertar o "botão errado"

Assim que percebeu o equívoco, Luiz Lima correu até o plenário para tentar reverter a situação, o que não era possível -  (crédito: Reprodução/Câmara dos Deputados)
Assim que percebeu o equívoco, Luiz Lima correu até o plenário para tentar reverter a situação, o que não era possível - (crédito: Reprodução/Câmara dos Deputados)
Rafaela Gonçalves
postado em 24/08/2023 09:47 / atualizado em 24/08/2023 09:48

A Câmara dos Deputados aprovou ontem (23/8) o texto-base da medida provisória que aumenta o salário mínimo de R$ 1.302 para R$ 1.320 e altera a tabela do Imposto de Renda para permitir que pessoas que ganhem até 2.640 reais não paguem o tributo. O único parlamentar a votar contra a proposta foi Luiz Lima (PL-RJ). Ele se justificou e disse que “foi um erro” ao apertar o “botão errado”.

O texto teve 439 votos a favor e um contrário, além de uma abstenção do deputado Alex Santana (Republicanos-BA). Assim que percebeu o equívoco, Luiz Lima correu até o plenário para tentar reverter a situação, o que não era possível, pois o voto já havia sido computado.

O político, então, pediu a palavra para tentar se justificar: “É claro que não sou contra o aumento do salário mínimo. Foi um erro que quero justificar e dizer que eu quero lutar para que o aumento do salário seja sempre equiparado e superior ao aumento da inflação no nosso país", disse. 

A matéria teve amplo apoio do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que deu 85 votos pela aprovação. O aumento do salário mínimo partiu de uma medida provisória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicada em 1º de maio. Conforme o regimento, a MP tem validade apenas de três meses e se a não fosse votada, correria o risco de ser revertida.

A pauta deve ser chancelada nesta quinta-feira (24/8) em votação no Senado. O texto foi aprovado na Câmara mediante um acordo que impediu a inclusão da taxação sobre offshores, empresas gerenciadas por proprietários que residem no Brasil e que funcionam no exterior, geralmente em paraísos fiscais.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação