CPI

CPI aprova quebra de sigilo de Tatá Werneck, Cauã Reymond e Marcelo Tas

Os três fizeram propaganda em 2018 e em 2019 para a empresa de criptomoedas Atlas Quantum

Tata Werneck e Caua Reymond -  (crédito: Reprodução redes sociais)
Tata Werneck e Caua Reymond - (crédito: Reprodução redes sociais)
Agência Estado
postado em 24/08/2023 00:33 / atualizado em 24/08/2023 14:34

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras aprovou nesta quarta-feira, 23, a quebra de sigilo bancário da apresentadora Tatá Werneck, do ator Cauã Reymond e do jornalista Marcelo Tas. A proposta foi antecipada pelo Estado de S.Paulo. 

Os três fizeram propaganda em 2018 e em 2019 para a empresa de criptomoedas Atlas Quantum, suspeita de lesar cerca de 200 mil investidores, numa pirâmide estimada em R$ 7 bilhões.

Tatá Werneck e Cauã Reymond foram convocados a prestarem depoimento no último dia 15 sobre as suspeitas de fraudes envolvendo investimentos com criptomoedas, mas não compareceram à Câmara dos Deputados após habeas corpus considerado incomum escrito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça.

O requerimento de quebra de sigilo foi apresentado pelo deputado federal Paulo Bilynskyi (PL-SP).

"Solicita-se, ainda, que seja realizada a quebra do sigilo bancário no período de 01/01/2018 a 31/12/2019, com a finalidade de identificar se, após a cessação das atividades pela empresa Atlas Quantum, em agosto de 2019, os investigados receberam qualquer quantia da empresa", detalhou o parlamentar.

A CPI das Pirâmides Financeiras também autorizou o envio dos contratos feitos pela Atlas com Tatá Werneck, Cauã Reymond e Marcelo Tas.

Tatá Werneck se pronuncia sobre quebra de sigilo

Em nota, a atriz global negou ter cometido qualquer crime e disse que fez a campanha publicitária quando a empresa era "considerada sólida" no mercado, afirmando estar indignada com a quebra de sigilo e que tomará medidas judiciais.

Confira a nota na íntegra:

"Tatá Werneck, por seus advogados Maíra Fernandes, Guilherme Furniel e Ricardo Brajterman, afirma que recebe com profunda indignação a ordem de quebra de sigilo, pois não praticou crime algum. Apenas participou de campanha publicitária, cinco anos atrás, quando a empresa era considerada sólida em seu mercado. Como artista, ela jamais poderia prever que a empresa se envolveria em fraudes anos depois. </p><p>Admitir que os artistas sejam punidos por possíveis erros futuros de empresas para as quais tenham feito propaganda - e pelas quais sequer continuem contratados - significaria o fim da publicidade no Brasil. </p><p>Ela jamais foi sócia, investidora ou participou dos lucros da empresa, motivo pelo qual considera a quebra de sigilo absurda e totalmente descabida para o que se pretende investigar na CPI. A defesa acrescenta que tomará todas as medidas judiciais cabíveis."

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores.