O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, declarou, nesta quarta-feira (23/8), que o envolvimento das Forças Armadas na política é "um imenso erro". Ele defendeu que as instituições prestam serviços essenciais ao país e que não devem levantar bandeira partidiária. Segundo o chefe da pasta, o papel dos militares "estão acima de eventuais crimes de alguns".
Dino se manifestou em meio a crise entre o governo e as Forças Armadas, acentuada pelas investigações e sobre o suposto envolvimento dos militares em um golpe de Estado para favorecer o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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"Quando membros das Forças se desviam do papel constitucional e se envolvem na política é um imenso erro. Foi assim nos recentes anos trevosos", escreveu o ministro via redes sociais. "Contudo, as instituições militares são permanentes, essenciais e estão acima de eventuais crimes de alguns. Estes serão julgados pelo Poder Judiciário, como manda a Constituição", completou.
As Forças Armadas prestam muitos serviços ao País. Por exemplo, sem elas não estariam ocorrendo a desintrusão das terras e a assistência em favor dos Yanomamis. E poderia citar outras atuações: segurança da navegação, da aviação e das nossas fronteiras. Quando membros das Forças…
— Flávio Dino (@FlavioDino) August 23, 2023
Desgaste com o Executivo
Flávio Dino destacou que as Forças Armadas prestam uma série de serviços ao Brasil. Ele citou as operações nas terras indígenas ianomâmis no início de 2023, além da segurança da navegação, aviação e das fronteiras brasileiras.
A relação entre governo e militares sofreu desgaste após investigações da Polícia Federal que apontaram participação de militares da cúpula das Forças Armadas na articulação de um golpe de Estado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a se reunir com comandantes das instituições, no sábado (19), para reiterar sua confiança nos militares e comentar sobre investimentos no Ministério da Defesa.
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