Voa Brasil, com passagem a R$ 200, será lançado nos próximos dias

O ministro do Turismo, Celso Sabino, esteve em audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado - (crédito: Pedro França/Agência Senado)

Aline Gouveia

postado em 23/08/2023 11:50 / atualizado em 23/08/2023 11:50

O ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciou que o governo federal deve lançar o programa nacional de passagens aéreas a R$ 200 nos próximos dias. O anúncio foi feito na terça-feira (22/8), durante audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do Senado. Nomeado como Voa Brasil, o programa foi idealizado pelo ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França — que estima a oferta de 1,5 milhão de passagens para voos domésticos por mês.

"Estamos em tratativas avançadas e nos próximos dias nós pretendemos e vamos fazer um anúncio que vai promover a redução do preço médio das passagens, o lançamento de novos destinos, e o aumento da frequência de voos para destinos poucos atendidos", afirma Celso Sabino.

Voa Brasil vai oferecer 1,5 milhão de passagens por mês a R$ 200

A articulação para o início do Voa Brasil está sendo feita entre três ministérios: o do Turismo, de Portos e Aeroportos e de Minas e Energia. O programa visa oferecer passagens a R$200, com o intuito de aumentar o número de voos do país, incluindo aqueles que não têm muita procura. A iniciativa é focada nas pessoas que não têm o hábito de viajar. Para ter acesso às passagens baratas, o cidadão não pode ter voado nos últimos 12 meses.

Ao longo da audiência, os senadores ressaltaram que os altos preços das passagens aéreas é um dos fatores que impedem o crescimento do turismo no Brasil. "Temos uma ampla possibilidade de crescimento do nosso turismo. Mas é inaceitável o valor que temos hoje das passagens aéreas. Um passageiro saindo de Rio Branco a Buenos Aires vai pagar R$ 13 mil", destacou o senador Alan Rick (União-AC).

Em resposta, o ministro Sabino explicou que o preço médio da tarifa acompanha a curva de variação do combustível, que é responsável por 40% a 50% da composição do custo. O ministro também destacou que o governo está colocando esforços para ampliar a conexão do país com os principais aeroportos do mundo, para incentivar o chamado stop over, que permite ao passageiro ficar alguns dias em um destino de conexão do voo antes de seguir para o destino final.