A viúva de Marielle Franco, a vereadora Mônica Benício (Psol-RJ), registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (22/8). Ela afirma que sofreu ameaça de "estupro corretivo" em uma mensagem enviada por e-mail, em 14 de agosto.
O conteúdo foi enviado por uma pessoa que se identificou como “doutor Astolfo Bozzônio Rodrigues”. Na mensagem, ele afirma ser doutor em psicológica por Harvard e detalha como a parlamentar deveria sofrer as agressões.
O suspeito afirma, na mensagem, que o "estupro corretivo" é uma terapia de eficácia comprovada, que cura o homossexualismo feminino porque "ser sapatão é uma aberração". Ele também diz que o "lesbianismo é uma doença" e que, segundo ele, pode ser curada com terapia alternativas.
- 'Rei da Cachaça' é preso após ser condenado por estupro de vulnerável
- Pai estupra filho de 9 anos após já ter sido preso pelo crime
- Padre suspeito de estupro é internado em estado grave em Recife
O suposto doutor ainda diz que tem uma proposta de projeto de lei para legalizar o Estupro Corretivo Terapêutico e sua adoção pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pede apoio da vereadora.
No Twitter (atual X), Mônica diz que o caso foi "uma das maiores violências que poderia receber, justamente no mês da Visibilidade Lésbica. É nojento demais, cansativo demais. Amanhã irei prestar queixa, e vou seguir defendendo os direitos de mulheres e de pessoas LGBTs. Não serei calada por nenhum terrorista incel e covarde."
"O STF formou maioria pra equiparar ofensas contra pessoas LGBTs à injúria racial. É mais um avanço, que se faz muito necessário em tempos onde tanta ameaça e tanto ódio tem sido constantemente direcionados contra as pessoas que escapam das normas de sexualidade e de gênero", disse a vereadora.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores.