RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Lula defende inclusão da Argentina e outros países no Brics

O presidente afirmou que todos os membros do Brics defendem a entrada de novos países, mas com o estabelecimento dos devidos critérios

Presidente afirmou que Brics não pode ser um
Presidente afirmou que Brics não pode ser um "clube fechado" - (crédito: Reprodução/Redes Sociais)
Victor Correia
postado em 22/08/2023 11:06 / atualizado em 22/08/2023 11:06

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, nesta terça-feira (22/8), que é favorável à entrada de outros países no Brics — grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — especialmente a participação da Argentina. O tema será um dos principais tratados na Cúpula do bloco, que começa hoje em Joanesburgo, África do Sul. Ele comentou o assunto durante o Conversa com o Presidente, seu programa semanal de entrevistas.

Para o petista, o Brics não pode ser "um clube fechado", mas é necessário que adote critérios para definir quais nações poderão ser incorporadas. 

"O Brics não pode ser um clube fechado. O G7 é um clube fechado. O G7, mesmo quando o Brasil chegou a ser a sexta potência do mundo, ele participou como convidado", afirmou Lula. "Acho que o Brics tem possibilidade de ampliação. Se todo mundo quer, não é difícil entrar. Obviamente que você tem que estabelecer determinados procedimentos para que as pessoas entrem", disse. Segundo ele, todos os atuais membros do bloco defendem a entrada de novos integrantes.

Crescendo junto

Sobre a entrada da Argentina, o chefe do Executivo afirmou que o Brasil deve crescerao lado da nação vizinha. "Eu, por exemplo, defendo que os nossos irmãos da Argentina possam participar dos Brics. Vamos ver na reunião como é que fica. O Brasil não pode fazer política de desenvolvimento industrial sem lembrar que a Argentina é um país que tem que crescer junto com o Brasil. Nós temos que compartilhar as coisas que fazemos com a Argentina", destacou.

Lula comentou também que o Brics discute a criação de uma moeda comum para transações comerciais dentro do bloco, para que não haja dependência do dólar americano. Ele participa da Cúpula do grupo, que começa nesta terça-feira e vai até quinta-feira (24/8), na África do Sul.

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