Atos antidemocráticos

Moraes arquiva investigação contra empresários bolsonaristas

Investigação apurava envolvimento de empresários bolsonaristas na promoção ou organização de um golpe de Estado no caso da vitória de Lula

Moraes arquiva investigação contra empresários bolsonaristas que pregavam golpe no WhatsApp
 -  (crédito: Carlos Moura/SCO/STF)
Moraes arquiva investigação contra empresários bolsonaristas que pregavam golpe no WhatsApp - (crédito: Carlos Moura/SCO/STF)
Henrique Lessa
postado em 21/08/2023 22:00 / atualizado em 21/08/2023 22:01

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o arquivamento do inquérito que investigava a participação de seis empresários apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um grupo de mensagens de WhatsApp onde declararam apoio a uma intervenção militar em caso de vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais. Moraes decidiu que o inquérito não apresentava uma “justa causa” contra seis dos empresários investigados.

Para o ministro, os seis investigados não ultrapassaram os limites da manifestação de opinião na troca de mensagens em um grupo restrito do WhatsApp.

A investigação apurou se os empresários bolsonaristas efetivamente apoiaram um golpe de estado. Os empresários José Isaac Peres, sócio do grupo Multiplan, empresa dona de diversos shoppings; Ivan Wrobel, controlador da construtora W3 Engenharia; José Koury, dono do Barra World Shopping no Rio de Janeiro; André Tissot, sócio do Grupo Sierra, empresa de móveis; Marco Aurélio Raimundo, controlador da Mormaii, empresa de artigos esportivos; e Afrânio Bandeira, dono do restaurante Coco Bambu, foram liberados das investigações.

Já quanto aos empresários Luciano Hang, da Havan, e Meyer Nigri, da construtora Tecnisa, Moraes atendeu ao pedido da Polícia Federal (PF) para garantir a conclusão da análise do material extraído do celular de Hang e encerrar a apuração dos vínculos de Nigri com Bolsonaro.

O procedimento foi iniciado em agosto de 2022, logo após a revelação das conversas em que os empresários defendem um golpe de Estado no país. À época, foram tomadas ações cautelares de busca e apreensão e bloqueio de ativos a fim de evitar o planejamento ou financiamento de ações de teor golpista e antidemocrático.

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