ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

Múcio pede à PF lista de militares que se reuniram com Walter Delgatti

Hacker afirmou em depoimento à corporação e à CPMI de 8 de janeiro que teria ido pelo menos cinco vezes ao Ministério da Defesa para tratar da segurança das urnas eletrônicas

 O hacker Walter Delgatti Neto teria se encontrado com vários militares para combinar tentativa de fraudar urnas -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
O hacker Walter Delgatti Neto teria se encontrado com vários militares para combinar tentativa de fraudar urnas - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
Ândrea Malcher
postado em 21/08/2023 19:51 / atualizado em 21/08/2023 21:34

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, pediu, em ofício enviado na última sexta-feira (18/8) à Polícia Federal (PF), a lista de militares que teriam se reunido com o hacker Walter Delgatti Neto para debater a segurança das urnas eletrônicas, para que sejam afastados. A informação foi confirmada pelo Correio.

O hacker afirmou, em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos antidemocráticos de 8 de janeiro e à PF, que esteve pelo menos cinco vezes, em 2022, no Ministério da Defesa.

Durante a oitiva à CPMI, na quinta (17), Delgatti revelou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deu “carta branca” para que ele provasse que as urnas eram vulneráveis e pediu que fosse à Defesa, para que entendesse o funcionamento da máquina.

Bolsonaro teria, inclusive, prometido um indulto caso Delgatti fosse incriminado, segundo alegou. O hacker disse, ainda, que um plano foi criado para desacreditar o processo eleitoral. “Eu faria um código-fonte meu, não do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), para a população ver que seria possível apertar um voto e imprimir outro”, afirmou. O hacker receberia uma urna eletrônica emprestada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e instalaria um aplicativo criado por ele.

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