O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, pediu, em ofício enviado na última sexta-feira (18/8) à Polícia Federal (PF), a lista de militares que teriam se reunido com o hacker Walter Delgatti Neto para debater a segurança das urnas eletrônicas, para que sejam afastados. A informação foi confirmada pelo Correio.
O hacker afirmou, em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos antidemocráticos de 8 de janeiro e à PF, que esteve pelo menos cinco vezes, em 2022, no Ministério da Defesa.
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Durante a oitiva à CPMI, na quinta (17), Delgatti revelou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deu “carta branca” para que ele provasse que as urnas eram vulneráveis e pediu que fosse à Defesa, para que entendesse o funcionamento da máquina.
Bolsonaro teria, inclusive, prometido um indulto caso Delgatti fosse incriminado, segundo alegou. O hacker disse, ainda, que um plano foi criado para desacreditar o processo eleitoral. “Eu faria um código-fonte meu, não do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), para a população ver que seria possível apertar um voto e imprimir outro”, afirmou. O hacker receberia uma urna eletrônica emprestada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e instalaria um aplicativo criado por ele.
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