8 de janeiro

"Há contaminação do bolsonarismo nas Forças Armadas", diz Randolfe

Senador e líder do governo no Congresso destaca, em entrevista ao Correio, a necessidade de separação dos militares envolvidos com os atos de 8 de janeiro daqueles que não se envolveram

 18/08/2023. CB. Poder.  Randolfe Rodrigues no CB.Poder  -  (crédito:  Kayo Magalhaes/CB)
18/08/2023. CB. Poder. Randolfe Rodrigues no CB.Poder - (crédito: Kayo Magalhaes/CB)
Correio Braziliense
postado em 18/08/2023 18:16 / atualizado em 18/08/2023 18:37

“Crime não combina com a trajetória das Forças Armadas Brasileiras”, ressalta o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP), em referência ao suposto envolvimento de militares nos ataques extremistas. Ele participou nesta sexta-feira (18/8) do CB.Poder — programa do Correio em parceria com a TV Brasília. 

Segundo Randolfe, ele foi apresentado à diretriz do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de separar a instituição Forças Armadas daqueles que cometeram delitos em visita ao Quartel-General do Exército, a convite do general Tomás Miguel Paiva, comandante do Exército, e do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. 

O líder do governo no Congresso diz, na entrevista à jornalista Denise Rothenburg, que sente firmeza por parte do Comando do Exército Brasileiro em separar e preservar as instituições. “O Exército brasileiro é uma instituição que não pertence a partidos políticos, pertence ao Estado brasileiro. Lamentavelmente se procurou, no último período, a contaminação do bolsonarismo sobre a atuação das Forças Armadas, lamentavelmente hoje atinge a imagem das Forças Armadas Brasileiras”, aponta.

Assista ao programa na íntegra:

PEC do Estado Democrático de Direito

Sobre as políticas que envolvem carreira de Estado, Randolfe afirma que a ideia é apresentar um conjunto legislativo que possa aproveitar matérias que já estão no Congresso. “Tem uma proposta de emenda constitucional do Renan Calheiros (MDB-AL), PEC do Estado Democrático de Direito, que contempla muitas das preocupações que nós estamos debatendo no governo”, diz o senador.

Para o senador, a escolha de carreira não deve se misturar com política. “Escolheu essa carreira, fez escolha de vida, não pode fazer mistura disso, porque um militar que acaba misturando a política com a sua carreira utiliza do poder da arma para ascender ao poder político. Um juiz que faz a mesma coisa se utiliza do poder da magistratura para ascender ao poder político. Isso não é paridade de armas. Isso não é democrático e isso ameaça também a sociedade”, complementa.

*Estagiária Marina Dantas sob a supervisão de Andreia Castro

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