A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga esquemas de Pirâmides Financeiras usando bitcoins deve ouvir, na próxima terça-feira (22/8), o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho, um dos fundadores e sócio-proprietário da empresa 18k.
"A empresa afirmava trabalhar com trading e arbitragem de criptomoedas e prometia a seus clientes rendimentos de até 2% ao dia, supostamente baseado em operações com moedas digitais", afirma o autor do requerimento que pede pela oitiva, o deputado Ricardo Silva (PSD-SP).
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O ex-atleta alega que sua imagem foi usada indevidamente e que também teria sido lesado. No entanto, o parlamentar lembra que, em 2020, “Ronaldinho se tornou réu em uma ação que pede R$ 300 milhões por prejuízo a investidores”. Além de Ronaldinho Gaúcho, o requerimento convoca o irmão do atleta, Roberto Assis Moreira, e do sócio da 18k, Marcelo Lara.
A CPI também ouvirá na ocasião o presidente do Santos, André Rueda. O time paulistano conta com o patrocínio da empresa de cassino e apostas online Blaze, também acusada de fraude.
“Ciente de que os responsáveis pelas plataformas de jogos de azar sediadas no exterior se valem de criptoativos como métodos de pagamentos dos prêmios e para receber recursos, imperioso questionar aos convocados quem são os representantes da plataforma Blaze no país”, diz o deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ), que pede que o clube entregue, ainda, o contrato de patrocínio firmado com a empresa em questão.
A CPI das Pirâmides Financeiras foi instalada em junho e tem 120 dias para concluir os trabalhos. O prazo pode ser estendido em mais 60 dias, caso o requerimento tenha o apoio de um terço dos deputados.
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